Essa voz insiste em sair, palavras que precisam ser ditas, eu preciso gritar, me expressar até que a fumaça da minha inspiração desapareça e que a erva acabe. Eu posso rasgar essa porra até que alguém chore, mas preste atenção na mensagem que eu quero passar. Ninguém entende? É tão claro. As vezes você apenas está de saco cheio, você se sente fraco, impossibilitado, indignado com os problemas que todo mundo finge não enxergar. Eu tenho meus momentos onde ouço milhares de vozes e não escuto nada. Quando você se sente assim, você apenas tem vontade de sumir, de quebrar a cara de todo mundo ou de derrubar um muro com seu punho.
Mas você tem que buscar dentro de você a força interior e tirar essa merda para fora, tem que ter motivação para não desistir e não ser um perdedor. Não interessa o quanto você queira cair de cara e ter um colapso. É quando me refugio entre linhas que transcrevem os meus pensamentos. Produz medo? Foda-se, contente-se a apenas sobreviver. Porque estar satisfeito? Você grita, chora. Alguém se importa? A vida não tem nada a ver com deixar o tempo passar ou esperar que alguém tome uma atitude por você para que algo mude. Então por que estar satisfeito? Eu tenho libertado minha fúria num papel, e é como um demônio perto de ‘deus’. Eu não demonstro emoção, eu demonstro indignação; minhas palavras são minhas armas para lutar contra a segregação da mente humana.
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